Du vent dans mes mollets

“Dentes de Leão”, um sopro de vida

Uma obra de arte em forma de filme, uma comédia adornada com apontamentos trágicos, tratados com extrema candura, cuidado e inocência. Uma película sobre a vida, sobre o crescimento e as suas dificuldades.

Rachel é a protagonista de “Du vent dans mes mollets”, traduzido para português como “Dentes de Leão”. A vida de Rachel e de toda a sua família está prestes a mudar, assim que conhece Valérie, a sua nova colega de carteira. A relação entre estas duas meninas irradia para todos os lados uma energia transformadora, que irá influenciar para sempre os que as rodeiam.

“Du vent dans mes mollets” é sobretudo um filme real, sobre a vida real, em que o expectador terá oportunidade de experimentar ressonância em cada uma daquelas personagens: uma avó fria e distante, marcada pela Segunda Grande Guerra; Michel um pai cínico e algo abrutalhado, com muito amor para dar, sem saber como; Collete uma mãe consciente e amorosa, que apesar de ter comido enlatados toda a vida, consegue descobrir o prazer da vida e do amor através da comida.

A menina que anseia pelo recomeço das aulas e dorme de mochila às costas, vai descobrir com Valérie outra parte da vida. A dupla Rachel e Valérie ao longo do período retratado no filme, desvenda segredos através da brincadeira, como o sexo, o amor e a morte.

O argumento de Raphaële Moussafir, foi adaptado em 2012 para cinema por Carine Tardieu e interpretado por Agnès Jaoui, Denis Pdalydès, Isabelle Carré, Isabella Rossellini,  Judith Magre, e pelas crianças Juliette Gombert (Rachel) e Anna Lemarchand (Valérie).

O desempenho das duas crianças é de uma extrema naturalidade e espontaneidade, em que pairam dúvidas onde começa a representação e termina o seu “eu” enquanto pequenas actrizes.

Carine Tardieu que tal como Agnès Jaoui, esteve presente na apresentação deste filme, no São Jorge, explicou que escolheram estas meninas precisamente por demonstrarem uma maturidade acima da média, e ambas foram acompanhadas por uma coach de crianças, para que o processo de interpretação não sofresse manipulação. Para além disto, Juliette e Anna foram enquadradas num contexto com actores extramente experientes como Agnès Jaoui, o que as ajudou a integrarem todos os elementos necessários.

Um filme a não perder na Festa do Cinema Francês 2013, com interpretações excepcionais, diálogos tocantes com apontamentos de humor extremamente inteligente, e uma banda sonora que fará palpitar qualquer coração e humedecer os olhos, de ternura e comoção ao mesmo tempo.

 

Sessões

LISBOA | CINEMA SÃO JORGE | 12 OUTUBRO | 19H30
LISBOA | INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 16 OUTUBRO | 19H
COIMBRA | TEATRO ACADÉMICO GIL VICENTE | 23 OUTUBRO | 21H
BEJA | PAX JÚLIA | 2 NOVEMBRO | 21H
PORTO | RIVOLI TEATRO MUNICIPAL | 9 NOVEMBRO | 18H30



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