Lar doce Lar
Lar dos Objectos.
As memórias, os objectos, as pessoas, é para onde remete a mais recente criação da Quarta Parede.
Depois de “Stracciatella”, Silvia Ferreira e Jeannine Trévidic, apoiadas pela Quarta Parede, decidem novamente desenvolver um trabalho sobre a memória. Mas desta vez bem diferente do trabalho anterior que apresentaram ao público.
Segundo um conceito Work in progress ” LaR Doce LaR” (LDL), realizou três apresentações antes da estreia. Para acompanhar estas apresentações, reuniu-se um grupo de trabalho que lhes vai dando o seu feedback durante o processo”, referem as criadoras e performers.
Para Jeannine Trévidic : ” LDL” cresceu a partir de objectos que fugiram de casa pelas mãos dos donos. Os objectos que possuímos são bonitos à sua maneira. Os Lares Doces Lares às vezes não são assim tão doces mas sem dúvida carregados de genuína vida”.
O tubo de ensaio para este work in progress foi a cidade do Fundão, onde mais uma vez os autarcas mantém-se abertos a este tipo de iniciativas, dando um grande apoio ao artistas da região.
Neste trabalho, estiveram envolvidas outras pessoas, para além dos colaboradores da Quarta Parede. A pessoa responsável pela escolha do som é Defski, um dos elementos dos Factor Activo (projecto de som electrónico progressivo da Beira Interior). A função dele é ” jogar em tempo real com objectos das várias almas… intensificar coisas que não passam disso mesmo e que ao mesmo tempo são muito mais do que isso, partes da nossa alma expostas de uma forma poética”. Outras pessoas envolvidas foram Bruno Cintra e o próprio grupo de trabalho da cidade do Fundão que foi acompanhando o desenvolvimento do processo.
Este é um trabalho que remete para o imaginário de cada um. Cada pessoa pode ver uma história ou várias histórias diferentes, em aproximadamente 40 minutos.
E como acrescenta Silvia Ferreira: “Deixámos que os objectos falassem, nos contassem. Respondemos-lhes em movimentos – a fragilidade da vida latente. Falámos também com eles e contámos-lhes de nós. Destas efabulações surgiram visões/ alusões de todos os dias – ora amargas ora doces”.
Uma produção que leva a memória como elo de ligação entre as pessoas.
Esta produção “Lar doce lar”, vai voltar no programa do Festival Y #04.
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