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Marc Jacobs

O mais influente designer de moda do séc. XXI.

O mais influente designer de moda do séc. XXI tem 45 anos e trabalha em três linhas: Além das colecções da Louis Vuitton, tem a Marc Jacobs e a linha de difusão Marc by Marc Jacobs como bandeiras da sua paixão pela moda.

Desde o inicio dos anos 90, quando começou, foi o seu estilo de vida grunge, traduzido para a passerelle da marca americana Perry Ellis que o tornou famoso e gerou a sua reputação como apaixonado pela moda e pela cultura popular, de tal forma que, com colecções com vestidos com prints de frutas e pequenas flores com sabor vintage, sobre t-shirts velhas num styling imperfeito com botas Doc Martens, acaba com ele, na Perry Ellis entenda-se. Porque foi depois de ter sido afastado da marca em 1992 que começa a odisseia Marc Jacobs, as cacofonias (como ele próprio descreve estas colecções íconicas da era grungecardigans sobre t-shirts, muitas sobreposições, os clássicos americanos revistos e remisturados, seja para homem ou mulher que calçam all-stars ou botas que sendo novas parecem velhas) tornaram-no numa estrela do mundo da moda.

Já tínhamos os Nirvana na música e a Kate Moss como modelo, Juergen Teller e Corrine Day entre os fotógrafos deste movimento que a imprensa quis alimentar como o heroin chic, mas por outro lado celebrar como o único estilo realmente a sair dos anos 90 em plena originalidade – o grunge. Já se falava em ser anti-fashion e destruir o glamour nos anos 80, mas é com Marc Jacbos que, paradoxalmente, se implantam por todo o lado as estas ideias, comercializadas em grande escala e neste momento que estamos a atravessar ainda com mais força (Marc Jacobs possui o seu nome em centenas de lojas próprias e corners à volta do mundo, incluindo Lisboa – merece uma visita ali no Lg. de S. Carlos ao Chiado, onde parece tudo uns Por-fí-rios da globalização.) Marc Jacobs agora está em todas, desde o luxo ao pronto a vestir mais banal, sem se arriscar a despersonalizar as suas marcas e sem se comprometer muito com as tendências, aliás porque o seu estilo está sempre para lá das tendências avant-garde.

O sucesso da Marc by Marc Jacobs vai ser exactamente esse, uma constância na diversidade de peças e items especiais (t-shirts de edição limitada, pulseiras de plástico de €6, malas e perfumes e óculos; toda uma parafernália de produtos que podem ser adquiridos para que cada um construa o seu estilo próprio) que ao mesmo tempo que o afastam das outras linhas de difusão, o aproximam mais dos consumidores de moda. E o sucesso do próprio Marc Jacobs é transformar o que o podia destruir em força para continuar a alimentar a indústria, ser uma figura de quem não conseguimos deixar de pensar ao usarmos as suas roupas, e ser sempre coerente consigo próprio ao nunca querer construir uma só linguagem de design tradicional e forte mas antes várias, num mix de referências e styling caótico, sendo essas a suas características mais originais.

E segundo o site style.com, “retirar o que foi a inspiração de uma colecção do americano Marc Jacobs é sempre um desafio”, por isso a Rua de Baixo identifica-se com o criador,

A cada coleccção como a cada nossa edição, um cocktail de sensações, intencionalmente criadas para que cada um possa retirar o que quer, como quer, sem imposições.



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