O Sitio das Coisas Selvagens

Spike Jonze está de volta e transporta-nos para o universo infantil, onde o imaginário é totalmente carregado pela fantasia de um menino, Max.

A sinopse da história: um menino, igual a tantos outros, ou a nós mesmos, que vive na sua solidão, e que precisa de chamar a atenção sobre si mesmo, das mais variadas maneiras, fazendo-o de uma forma peculiar. Um dia, após uma discussão com a mãe, foge para um mundo mágico, habitado por criaturas solitárias e tristes. Nesse mundo, torna-se Rei, o centro das atenções e tem que aprender a lidar com as susceptibilidades de cada um dos “seus súbditos”.

O universo paralelo-fantasioso que Spike Jonze recria não é mais do que um espelho da personagem central, Max, cujas criaturas encarnam as suas diversas facetas com paralelismos equivalentes ao seu estado de espirito: Carol, KW, Alexander, Judith, Ira, Douglas e The Bull. Criaturas ternas, mas ao mesmo tempo assustadoras, tornam-se os companheiros de aventuras, recriam bricandeiras inocentes e constroem paraísos idilicos, sempre com a ambição de serem felizes.

Nesta adaptação do conto infantil de Maurice Sendak, Spike Jonze, transporta para o grande ecran, o espirito das séries de animação infantil, temperado com criaturas grandes e peludas, a piscar o olho ao retro dos anos 80. Quem não se lembra de Falkor, the Luck Dragon, de “História Interminável”, ou dos próprios “The Muppets”?  É este um dos encantos do filme..

Uma palavra para a banda sonora, que completa este conto cinematográfico, tornando-o ainda mais consistente e delicioso: Sublime.

“O Sitio das Coisas Selvagens” (“Where the wild things are”), supera as expectativas do encanto e da doçura do trailler, puxando à lágrima piegas, que acompanha aquele sorriso encantado, típico das histórias que têm como mote um happy ending.

“Sitio das Coisas Selvagens”, realizador Spike Jonze, com Cathertine Keener, Max Records, Mark Ruffalo. Aventura. 101 minutos. EUA. 2009.