1º Festival Internacional de Cinema do Funchal
As fitas chegaram à ilha da Madeira.
Numa clara tentativa de descentralizar a cultura em Portugal, ao mesmo tempo que se dinamiza a Madeira como destino turístico e se divulga filmes e cinematografias de qualidade desconhecidas do público madeirense, nasce o 1º Festival Internacional de Cinema do Funchal (FICD). O evento realiza-se entre os dias 5 e 13 de Novembro no Teatro Baltazar Dias e no Jardim Municipal, onde se realizam sessões de cinema, nas noites de 5 e 6 de Novembro, em formato digital e ao ar livre, que têm por base filmes de qualidade e de “culto”, mas que pretendem chegar ao grande público, bem como espectáculos musicais.
Com a intenção de se vir a realizar anualmente, a organização do FICD está a cargo da Plano XXI, a que se junta a Cinema Novo, também responsável pelo Fantasporto. Para a primeira edição deste certame, o FICD recebe uma Retrospectiva de Cinema Espanhol, faz a devida homenagem a António da Cunha Teles, realizador e produtor natural da Madeira, e conta ainda com a secção Animarte, destinada ao público infantil, criando assim uma perspectiva de criação de gosto cinéfilo junto destas novas audiências. Entre a selecção feita para o público mais jovem encontramos a co-produção luso-espanhola “O Sonho de uma Noite de São João”, mas também “Franjinhas e o Carrossel Mágico” ou “El Cid”.
Com a secção competitiva do festival, sob o tema “Cinema do Atlântico”, abre-se as portas a longas-metragens no formato de 35mm, numa selecção feita com base na produção dos países atlânticos. A atribuição dos prémios deste festival está a cargo de um júri internacional, constituído por três elementos. Há ainda espaço para o sector especial “Panorama & Premiére”, que pretende ser o espelho da mais recente produção mundial, num sector de carácter informativo e feito tendo por base antestreias nacionais de filmes já adquiridos para o mercado português.
Em antestreia mundial, o festival dá a conhecer a produção nacional “Manô”, descrita como uma comédia dentro da comédia, que relata história de Manô, uma obscura personagem de filmes para rir que vai tentar fugir ao esquecimento ganhando vida através do celulóide. Também em competição está “Frágil”, a história de Vénus, de 25 anos, uma rapariga doce e romântica, mas não muito atraente, que vive com o seu pai numa remota aldeia do norte de Espanha. Os dois trabalham no campo e produzem mel. Apesar da relação cordial que pai e filha mantêm, o carinho existente é pouco e Vénus continua à espera do seu príncipe encantado.
No total, a primeira edição do FICD conta a realização de 40 sessões, divididas pelas várias secções. Também as curtas-metragens a concurso são igualmente exibidas, contando-se com a participação de um ou mais filmes produzidos na Madeira. Paralelamente às sessões de cinema do festival, há ainda a possibilidade de assistir a conferências e debates com a participação de Mário Dorminsky, director artístico do festival, e com outros convidados sobre temas da actualidade cinematográfica, bem como conferências de imprensa e debates públicos. Há ainda espaço para várias exposições de fotografia e de artes plásticas.
O objectivo deste festival, além de dar a conhecer novas produções nacionais e internacionais, é também o de mostrar que a Madeira é algo mais do que um simples destino de férias, criando assim um evento que une cultura, a inevitável vida social e económica, levando assim a Madeira a todos os cantos do Mundo. Entre os dias 5 e 13 de Novembro no Teatro Baltazar Dias e no Jardim Municipal.
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