Dirty Pretty Things
O ex-libertine Carl Barat volta a Portugal.
Você já ouviu falar dos Libertines.
Louvados incessantemente pela imprensa fabricante de hypes inglesa, os The Libertines surgiram em 2002, com o álbum ”Up The Bracket” e foram, desde muito cedo, elevados a the next big thing, em resposta ao advento do rock garageiro que chegava dos Estados Unidos, com o aparecimento de bandas como os The Strokes ou os White Stripes.
No entanto, o carácter volátil do rock’n’roll fez estragos na banda, que não resistiu ao estrelato, à fama e à pressão. Em 2004, Carl Barat anunciava ao Mundo o final da banda, para desilusão de milhares de fãs.
Você já ouviu falar de Pete Doherty.
Pete Doherty foi, juntamente com Carl Barat, um dos fundadores dos Libertines. No entanto, Doherty sempre colocou ênfase a mais na segunda parte da triologia sexo, drogas e rock’n’roll, o que o transformou vezes de mais num atractivo para os problemas. A dependência de narcóticos aproximou-o cada vez mais do abismo e em 2004, quando os Libertines se preparavam para uma digressão internacional, o vocalista desapareceu do mapa. Doherty foi deposto da banda e os Libertines apenas aguentaram até ao final da digressão.
No entanto, Pete Doherty não mais deixou as primeiras páginas dos sensacionalistas tablóides britânicos. A sua dependência por drogas, a sua relação controversa com a top-model Kate Moss e as suas inúmeras detenções fizeram correr rios de tinta: a imprensa britânica adora o seu último herói romântico do panorama musical.
Você já ouviu falar dos Babyshambles.
Com Pete Doherty expulso dos Libertines e com estes a terem dificuldades em ultrapassar as convulsões internas, o público britânico necessitava urgentemente de um novo herói. Doherty tratou disso: pouco depois de ter saído dos Libertines, anunciava ao mundo o nascimento dos Babyshambles, o seu novo projecto musical.
O universo rock rapidamente entrou em ebulição para escutar esta nova banda, desde logo catalogada como the next big thing. No entanto, se os primeiros singles e as primeiras actuações não eram muito promissoras, havia a justificativa do estado caótico em que se encontrava Pete Doherty. O tira-teimas chegou em 2005, com a gravação do álbum debutante, “Down In Albion”, produzido pelo ex-Clash Mick Jones.
Contudo, a crítica musical não alinhou pelo entusiasmo de Jones, que os apelidava como a melhor banda rock dos últimos anos. “Down In Albion” foi considerado um flop e os Babyshambles praticamente colocados na prateleira da vulgaridade. Algo injustamente, diga-se.
Prepare-se agora para ouvir falar dos Dirty Pretty Things.
Parece ser chegado o momento de Carl Barat. A outra metade dinamizadora dos Libertines – e por vezes, injustamente esquecido – não perder tempo e, com o fim destes, formou os Dirty Pretty Things com Gary Powell e Anthony Rossomando – o primeiro é o ex-baterista dos The Libertines e o segundo foi o guitarrista convidado para acompanhar a banda nos concertos sem Doherty. O baixista que completa a banda é Didz Hammond, recrutado aos Cooper Temple Clause.
Apesar de ainda não terem material editado, os Dirty Pretty Things já tocaram um pouco pelo Mundo fora, esgotando concertos e deixando a crítica musical em polvorosa. Actualmente, são a banda mais promissora do movimento rock britânico.
O disco de estreia, “Waterloo To Anywhere”, está previsto apenas para dia 8 de Maio, mas já se encontra em rodagem o primeiro single, «Bang Bang You’re Dead», um poderoso manifesto de rock garageiro.
Portugal parece começar a querer pôr-se em bicos de pés no circuito musical europeu e, depois de confirmar a presença dos venerados Arctic Monkeys – no próximo dia 18 de Maio –, Lisboa coloca-se na linha da frente recebendo os Dirty Pretty Things. O concerto é já dia 14 de Abril, no Santiago Alquimista.
There are no comments
Add yoursTem de iniciar a sessão para publicar um comentário.
Artigos Relacionados