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Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King 3DS | Análise

Ideal para qualquer fã de Dragon Quest

Embora próxima do mais tradicional port, esta versão de Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King para a Nintendo 3DS é, de facto, uma versão remasterizada na qual encontramos algumas melhorias visuais em relação à versão original, para além das novidades que oferece. Este é um título que saiu originalmente para a Playstation 2, em 2004, e foi o primeiro jogo da linha principal de Dragon Quest a sair na Europa e que, agora na 3DS, apelará maioritariamente à nostalgia dos jogadores mais velhos e fãs do género JRPG.

Em relação ao lançamento original, esta versão definitiva de Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King traz conteúdo novo que ajudará o jogador a passar ainda mais horas com este título. A versão 3DS é maior e melhor que o lançamento original, mas a exigência que lhe era característica continua por lá. Além disso, podemos contar com a adição da capacidade para gravar em qualquer momento, ao invés de apenas podermos gravar apenas nas igrejas como era habitual na série, na altura em que o jogo original chegou às consolas PlayStation 2.

Também o grind característico do jogo original continua presente mas, também aqui, os programadores souberam ouvir os fãs e oferecer-lhes a opção de, à semelhança de Bravely Default, acelerar a velocidade das batalhas de modo a que o processo de evolução das nossas personagens seja menos doloroso. Um pouco à semelhança do que fazemos com Prompto, em Final Fantasy XV, agora nesta nova versão de DQ VIII também podemos tirar fotos, explorando diferentes poses da personagem principal e até retirar do cenário os membros da equipa para conseguirmos o plano ideal.

 

A esta nova reedição de Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King chegam ainda novas cinemáticas, novas missões secundárias, uma nova masmorra e novas personagens que podemos recrutar para a nossa equipa. Sendo esta uma versão para a consola portátil da Nintendo, podemos contar com o auxílio do ecrã secundário para nos mostrar o mapa mundo. Por sua vez, o analógico da New 3DS serve para controlar a câmara, enquanto na 3DS clássica são os botões shift que desempenham essa função exclusivamente.

Apesar de ser divertido na sua maior parte, a verdade é que alguns jogadores vão encontrar algumas mecânicas difíceis e exigentes que fogem já ao que consideramos standard nos videojogos dos dias que correm. Num JRPG isso até pode nem ser mau e é verdade que os programadores tentaram melhorar a experiência com algumas opções de jogo como solução. No entanto, o grind parece abusivo em muitos momentos de jogo, enquanto tentamos evoluir as nossas personagens para conseguirem fazer frente aos desafios que nos são colocados.

 

Olhando para a mais recente adaptação de Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past para a mesma consola e que analisámos aqui não há muito tempo, este Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King é uma pior adaptação à portátil da Nintendo mesmo considerando que o primeiro era uma nova versão e este segundo um port remasterizado. E menciono isto não só pela aventura em si e pela experiência ao nível da jogabilidade, mas também porque visualmente Dragon VIII: Journey of the Cursed King está pior do que o título que chegou à 3DS no ano passado. Para isso basta ver que, por exemplo, o efeito 3D, típico das 3DS, não funciona nesta remasterização e funcionava em Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past. Os menus parecem meio ultrapassados e necessitavam de algum aprimoramento, também.

 

Seja como for, este é um JRPG clássico que ficará bem em qualquer colecção dos fãs do género. Aqueles que não conseguiram jogar este título na época da PlayStation 2 têm agora uma nova oportunidade com o lançamento desta versão remasterizada na 3DS. Este era um título sólido para a época em que saiu originalmente, mas que sofreu o efeito do tempo e as melhorias que aqui foram executadas podem não ser o suficiente para contornar isso. Não obstante, será sempre um título que apelará ao sentimento nostálgico dos jogadores mais velhos dos JRPGs e que jogaram o título na PS2, possuindo algumas novidades que os fãs da série Dragon Quest não deixarão passar ao lado.



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