“E se… as pessoas fossem como os animais?” | Paul Moran
O mundo animal é feito de humor e repugnância
Não é de todo incomum, nos dias que correm, ouvirem-se frases desumanizadoras como esta: «quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais.» Mas o que aconteceria se o mundo fosse alvo de uma experimentação à escala universal e nos trasformássemos todos em animais, pouco dados à razão e adoptando os seus comportamentos – sobretudo os mais nojentos?
Em «E se… as pessoas fossem como os animais?» (Booksmile, 2014), Paul Moran revela alguns dos mais incríveis mistérios do reino animal, traçando um paralelismo com a espécie humana num livro tão brutal que merece um sério aviso em jeito de desafio à pequenada – recomendado a partir dos 9 anos – na contracapa: «Este livro é repugnante. Lê, se fores capaz!».
Entre as muitas proezas e descobertas maravilhosas, encontramos paralelismos como estes: «Se a tua boca fosse do tamanho da boca de uma enguia-pelicano, já não precisavas de te preocupar com a mochila da escola. Podias levar lá dentro tudo o que quisesses»; «Se fosses como um certo tipo de lagarto, conseguias deitar esguichos de sangue e assustar quem te quisesse fazer mal»; ou ainda «E se para comeres uma boa refeição tivesses de dançar primeiro como as doninhas? De certeza que ias ficar em grande forma.»
Para além dos grandes e divertidos mistérios, o livro oferece ainda quadros com – por exemplo – «factos do reino animal para ficares com os olhos arregalados» ou um muito útil sistema de classificação do grau de repugnância, susto, maluquice ou inteligência de todas as questões colocadas, que inclui os graus “olha que medo”, “muito esperto”, “isto dava jeito” ou “mas que nojo”, numa escala de pontuação de um a cinco. Com muito humor e alguma repugnância, os mais pequenos poderão conhecer de perto os bastidores do fascinante mundo animal. A diversão, essa, está garantida.
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