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Paper Mario: Color Splash | Análise

Uma das mais divertidas aventuras que alguma vez chegou à Wii U!

A passada Sexta-Feira, dia 7 de Outubro, marcou o início de um fim-de-semana em grande para os fãs de Mario e seus amigos. Paralelo ao lançamento de Mario Party: Star Rush para a Nintendo 3DS, chegou, em exclusivo para a Wii U, a mais recente entrada na série Paper Mario. Chama-se Paper Mario: Color Splash e faz-se acompanhar pela aventura mais colorida e vibrante que alguma vez agraciou a série. Aliás, como o próprio nome sugere.

A aventura começa com Mario a precisar de embarcar numa viagem rumo à Ilha das Seis Cores. Quando lá chega descobre que Bowser reuniu um enorme exército de Masquitos que, armados com palhinhas, estão a sugar toda a cor deste “paraíso de papel”. Ocorre o tradicional rapto da Princesa Peach – que tantas sovas me dá no Super Smash mas então que Bowser leva sempre a melhor – e depressa a nossa missão se torna evidente. Acompanhados por um novo companheiro, uma lata de tinta chamada Pintas e empunhando uma “imponente” marreta, teremos de atravessar as diversas áreas da Ilha das Seis Cores, restaurar a sua cor e travar os planos do malvado vilão!

Só que à medida que percorremos o primeiro cenário em busca de locais que possamos preencher com tinta (à marretada) depressa ficamos com a sensação de que haverá um outro uso, talvez até mais indicado para a nossa arma. De facto, não demora muito até entrarmos em contacto com as forças de Bowser e ao darmos com a nossa marreta na sua cabeça tudo faz ainda mais sentido. Entramos assim em combate (em vantagem por lhe termos acertado) e surge uma nova dinâmica que teremos de dominar se quisermos alcançar a vitória. Os combates continuam a decorrer por turnos, só que os nossos ataques dependem das cartas que tivermos na nossa mão. Vamos saltar sobre os nossos inimigos ou continuar a dar-lhes valentes marretadas, mas há mais para descobrir.

Foi gratificante aprender que cada carta tem o seu efeito. Tal como os nossos ataques, os inimigos que vamos enfrentar são também eles diversos e nas primeiras vezes que os defrontamos vão fazer-nos pensar sobre a melhor forma de os atacar. Como tal, para que não acabasse por desperdiçar cartas ou correr o risco de ficar sem nenhuma na mão, tive de saber discernir quais as mais apropriadas para o inimigo (ou inimigos) que tinha à minha frente. Algumas pistas são algo óbvias, como o chapéu com um pico no topo como que a dizer: “Tenta lá saltar em cima de mim para ver o que acontece!” Igualmente importante foi saber gerir a tinta da minha marreta, pois é com ela que se pode aumentar o poder das cartas que decidimos aplicar. Uma vantagem que não queremos de todo desperdiçar.

Esta gestão de recursos pode parecer demasiado complexa mas Paper Mario: Color Splash não é um jogo implacável. Se tiverem cuidado e atenção, dificilmente vão dar por vocês em grandes dificuldades. Isto dito por um “palerma” que numa caverna de gelo se viu desprovido da cor amarela porque sempre que via um ponto em branco tinha imediatamente de o preencher como se a sua vida dependesse disso. Nunca se sabe o que podemos descobrir, alguém para ajudar, cartas ou outros coleccionáveis! O pior é que muitas das cartas que tinha na mão beneficiavam em muito da cor quê? Amarelo… O facto de não ter tido o cuidado de esperar e ir recolhendo com calma os coleccionáveis que aumentam tanto o poder da minha marreta como da capacidade de tinta que pode suportar e voltar mais tarde, deu aso a situações… interessantes, digamos assim.

Atravessar a Ilha das Seis Cores resultou numa das melhores experiências que já tive o prazer de desfrutar não só na Wii U como neste ano. Os cenários são impressionantes colagens, todas elas tão vivas, coloridas e vibrantes de tão palpáveis que parecem. As temáticas são ricas e variadas e se a isso aliarmos uma banda sonora de luxo e uma história extremamente divertida e cheia de reviravoltas, tudo isto faz de Paper Mario: Color Splash um título incrivelmente fácil de recomendar a qualquer possuidor de uma Wii U. Mas antes de me ir embora, não posso deixar de elogiar o fantástico trabalho levado a cabo pela equipa de localização do jogo. Como tradutor, posso confirmar que muitas vezes damos de caras com expressões tão próprias da língua de origem que são quase ou mesmo impossíveis de replicar na nossa. A equipa que localizou Paper Mario: Color Splash, seguramente que deu de caras com essa situação, sobretudo em momentos de humor (em que este jogo é exímio!) e ultrapassou essa dificuldade de forma exemplar. Por norma, jogo sempre um título na sua língua original mas assim que as falas começaram a surgir no ecrã, não consegui voltar atrás de tanto rir e por me deixarem sempre de sorriso na cara!

Mario está assim de regresso para mais uma aventura e de que maneira. Paper Mario: Color Splash é talvez uma das melhores aventuras que já chegou à Wii U. Com um grafismo brilhante, acompanhado por uma banda sonora irrepreensível e um trabalho de localização de excelência, este é um jogo que não deverá deixar nenhum possuidor desta consola da Nintendo indiferente.



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