“QUE CARAMBA ES LA VIDA”
Ser mulher de um Mariachi
Um retrato cultural centrado nas dificuldades vividas pelos integrantes dos grupos Mariachi, especialmente nos entraves associados ao papel da mulher na sociedade; o documentário desenvolve-se acompanhando as personagens femininas dentro do grupo e a forma como este influencia a mulher no seu quotidiano.
Espelhada a imagem de um mundo em que a prepotência do homem se afirma sobre a mulher mas que apesar de todas as dificuldades representa uma afirmação da força da boa vontade cujo efeito final se traduz na realização pessoal. O espectador tem a possibilidade de reflectir sobre aspectos representativos de uma sociedade estratificada em que a supremacia do homem continua a fazer-se sentir sobre a mulher dentro destes grupos. Exemplo básico disso mesmo é a forma como socialmente é encarado o papel dos diferentes sexos num grupo Mariachi como emprego. Para o sexo masculino, um trabalho como outro qualquer enquanto que para a mulher não passa de uma actividade que acaba por ter de conciliar com a vida doméstica.
Destaque para o evento de festas de Santa Muerte e a presença dos grupos no ambiente e na celebração do passado, num bonito contraste entre a presença da música e os cemitérios adornados de todo o tipo de objectos coloridos e alusivos à vida num enaltecimento aos entes queridos do passado. Agradável surpresa num documentário em que o esperado seria o retrato do ambiente específico da mulher mas que acaba por nos trazer mais do que o pedido.
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