Vilar de Mouros 2019 23/08 Skunk Anansie

EDP Vilar de Mouros 2019 | Dia 2 (23.08.2019)

No segundo dia de festival a energia foi aumentando com o decorrer dos concertos e o melhor ficou para o fim, com os incansáveis Skunk Anansie e os reis da noite, The Offspring.

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No segundo dia de festival as portas abrem para receber os 18.500 festivaleiros que vieram encher o recinto do EDP Vilar de Mouros e que esgotaram os restantes passes gerais e bilhetes diários. O mar de camisolas dos The Offspring deixa pouco espaço para dúvidas quanto à razão pela qual no dia 23 de Agosto todos os lugares estavam preenchidos.

Era possível concluir, com o relógio a marcar as 19h30 e a primeira banda a entrar em palco,  que a média de idades era inferior à do dia anterior. Com o recinto ainda a encher, os Clan of Xymox já se faziam ouvir, com o seu som melodramático que acompanhava bem o final de tarde do segundo dia de festival. Entre temas antigos e outros mais recentes, houve tempo para a banda holandesa clarificar dúvidas em relação ao seu género musical e para se mostrar humilde e honrada perante o publico português.

A inaugurar o palco principal neste segundo dia, os Nitzer Ebb tiveram dificuldades em convencer os que já marcavam presença no recinto. O concerto acabou como começou, com a batida, os chamamentos do vocalista e os barulhos distorcidos que pouco ou nada fizeram para chamar às linhas da frente aqueles que não estavam lá já para isso.

Com o primeiro concerto do palco principal ainda por acabar, já muitos marcavam lugar em frente ao palco secundário, num ambiente que viria a traduzir a realidade do concerto dos The Sisters of Mercy. A banda britânica que se destacou no final da década de 80 com o seu “rock” gótico protagonizou um ambiente escuro e sem energia onde, por falhas técnicas ou não, o som era monótono e baixo, dando poucas razões para ficar àqueles que já se começavam a afastar.

A pisar o palco principal do festival pela segunda vez na carreira, os Skunk Anansie voltaram a Vilar de Mouros para finalmente levantar pó no segundo dia do festival, com a energia e presença que já lhes é característica. A vocalista, Skin, sabe dar espetáculo como poucos e mantém a energia de uma das bandas mais queridas do publico português sempre em alta. Em hora e meia de concerto houve tempo para tudo, desde os clássicos que todos entoaram, aos novos “singles” que deixaram o público ao rubro e ainda alguns discursos com mensagens que nunca foram tão importantes como agora. Em Vilar de Mouros ouviram-se temas como «Weak», «My Ugly Boy», «Secretly» e «Hedonism», e os Skunk Anansie e Skin estiveram mais próximos do que nunca do público português.

Faltavam 15 minutos para as duas da manhã e em palco entravam os artistas mais esperados da noite e talvez do festival inteiro. Uma nuvem de pó contaria a história do concerto dos The Offspring, o último da noite, uma verdadeira encarnação do “punk rock” que dominou a segunda metade da década de 90. Quem muito ansiava pelos grandes êxitos da banda teve que esperar pelo fim do concerto, e para muitos, notava-se que era essa a razão da sua presença. «Why Don’t You Get a Job?», «Pretty Fly (For a White Guy)», «The Kids Aren’t Alright» e em último «Self Esteem», levaram a maioria dos presentes de volta ao passado e ao tempos de juventude e rebelião.

De forma idêntica ao primeiro dia, a noite não terminou com os The Offspring. Enquanto uns se retiravam para o campismo e outros para os seus carros, aqueles que se sentiam mais resistentes e energéticos seguiram para onde a música continuava a fazer-se ouvir.

 

Texto por José Graça e fotografia por Inês Graça.

Podem encontrar aqui a reportagem do primeiro e terceiro dia.



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