Radio 4 @ Lux
Calling all enthusiasts.
Dois anos depois da sua primeira visita a Portugal, aqueles que são uns dos responsáveis pela enorme produtividade musical que Nova Iorque atravessa, a par de bandas como The Strokes ou LCD Soundsystem, regressaram na passada quinta-feira para actuar num espaço “quase” perfeito para uma banda que se quer mesmo é nos clubs.
Apesar de responsáveis por “Dance To The Underground”, um dos hits de rádio mais dançáveis dos últimos tempos, e de pertencerem à onda pós-punk e revivalista dos 80`s que se atravessa, nem por isso o Lux se encheu para os receber. Não que isso os impedisse. “Party crasher” foi o mote para pouco mais de uma hora de concerto e a declaração da banda de que festa era mesmo o objectivo da noite.
Os Radio 4 decidiram dar um concerto mais baseado no último registo de originais, “Stealing of a nation”, não escapando às incontornáveis faixas de “Gotham”, mas que podia ter tirado maior partido do local onde se encontrava e da ânsia que havia no ar de se dançar como se de um dj set se tratasse. O convite à dança estava sempre no ar, mas foi mesmo o conhecidíssimo “Dance to the underground” que levou a assistência a reanimar.
Numa atmosfera festiva, os Radio 4 aliaram as guitarras e a electrónica com muita precursão e energia num resultado que, só não foi melhor, porque o próprio som chegou a distorcer e uma hora passa muito depressa… Anthony Roman tem em palco uma voz que parece quase a dos registos editados e uma vontade de saltar contagiante, mas eram mesmo os mais recentes membros, PJ O’Connor e Gerard Garone, os elementos mais “alucinados” da noite. Na precursão, com O’Connor, a festa era quase feita sozinha com berros e incitações a que a audiência não parasse e muita, mas muita, vontade de dançar.
A noite teve muitos altos e baixos de ritmo, com a banda a passar de temas como “Nation” ou “Absolute Affirmation”, bem mais calmos, para hits dançantes em que as guitarras tinham um papel ainda mais vigoroso, como “Transmission” ou “Calling All Enthusiasts”.
Depois do já habitual intervalo que antecedeu o encore, o colectivo deu a conhecer um novo tema que segue a linha pós-punk da banda e terminou com faixas como “Save the City”, deixando a audiência com a sensação de que o tempo tinha parado e que faltou mais atrevimento no espírito electro dos Radio 4.
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