#7àSEXTA | Raquel Lains

A primeira menina a preencher este espaço

Caríssimos leitores desta rubrica e deste grandioso site,

Esperemos que tenham tido uma excelente semana. Desta vez, o #7àSexta permite evocar as escolhas da nossa convidada desta semana (sim, a primeira menina a preencher este espaço). Ao olharmos para ela, visualizamos várias coisas: entre elas, há ternura, uma amizade inesgotável e uma alegria pela vida sem igual. Descobrimos que gosta de dançar, mas não é bailarina. O nome dela surge em diversos agradecimentos por parte dos grupos que representa; e são mais do que muitos. A Let’s Start a Fire não existiria sem ela, assim como ela não existiria sem esta parafernália musical que lhe corre nas veias. Senhores e senhoras, sem mais demoras, as escolhas da “pequena grande” Raquel Lains que, excepcionalmente por recomendação da mesma, “a lista não segue uma ordem preferencial”.

Feist – «1234»

“Mal a ouvi pela primeira vez, apaixonei-me pela música dela e sei que a vou adorar sempre. A Feist é uma das artistas que trabalhei na Universal e fui a responsável pela promoção da artista – dentro do departamento de promoção, um de nós era sempre o responsável pela promoção dos artistas. O meu pai morreu uns dias antes do primeiro concerto dela em Lisboa e não me senti capaz. Até hoje guardo com muito carinho o CD que ela autografou e me enviou pela Patrícia Ferreira a agradecer pelo meu trabalho. E este vídeo foi o que me garantiu a vitória no jogo da melhor interpretação de videoclip na passagem de ano 2012 / 2013.”

She & Him – «I Could’ve Been Your Girl»

“Eu amo coreografias e danço muito. Mesmo. A meio dum dia de trabalho posso ter de fazer uma pausa de três minutos para ir à sala dançar uma música, tipo necessidade básica. E a Zooey Deschanel adora dançar e faz-me dançar ainda mais e querer fazer todas as coreografias dos vídeos dos She & Him. Por isso, eles fazem de mim uma pessoa mais feliz.”

Adam Green – «Dance With Me»

“Este artista é especial, para mim. Conheci a música dele há uns anos e a ligação foi imediata. Perdi o concerto dele no Clube Lua – e ainda hoje me coço por isso… – mas não o do Santiago Alquimista que me marcou. Depois vi o filme “How to act bad”. Tanta coisa em comum, naquela altura da minha vida… houve momentos que ele parecia falar por mim no filme, explicar as coisas por mim. A minha ligação ficou ainda mais forte após o filme. Gosto dele, muito. Mas acho que não vou querer nunca cheirar aquele casaco de cabedal.”

Neil Young – «Needle And The Damage Done»

“Adormeço todas as noites a olhar para o Neil Young e é o meu rei do rock. Este senhor consegue arrepiar-me, muito, com muitas das suas músicas e ouvi-lo faz-me sentir em mim. Se estiver perdida e o ouvir, sei quem sou e tranquiliza-me. Deu um dos concertos da minha vida em Algés.”

Devendra Banhart – «Never Seen Such Good Things»

“Este senhor tira-me do sério. E eu trabalhei o primeiro disco do rapaz em Portugal. Não digo mais nada.”

You Can’t Win, Charlie Brown – «Over The Sun, Under The Water»

“Os YCWCB marcam um momento da minha vida de mudança que me foi muito difícil. A música deles acompanhou-me nessa altura e foi um dos meus suportes, a música e a banda, sem eles o saberem. A música deles deu-me um horizonte para olhar em frente. Esta foi a música que mais ouvi, por motivos profissionais, e que acabou por ficar duma forma muito forte a nível emocional.”

Belle and Sebastian – «Another Sunny Day»

“Os Belle And Sebastian são a minha banda. A primeira vez que os ouvi não gostei. Colocámos o disco no carro a caminho do festival da Zambujeira há 15 ou 16 anos atrás, o telefone tocou e disseram-nos que o pai dum amigo nosso acabara de morrer. A música a tocar e aquela morte não batiam certo. Algum tempo depois, não muito, voltei a ouvi-los e nunca mais parei. Os Belle and Sebastian têm a minha cara e o meu cão tem o nome de Belle.”

Uma playlist romântica, divertida e animada! Peguem na pessoa que está ao vosso lado e dêem um pezinho de dança. Boa semana!