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Louise Gray

- "O que queres fazer quando fores grande?" - "Quero ganhar o patrocínio Fashion East três vezes de enfiada, claro."

Estas são palavras que distinguem bem o arrojo de Louise Gray, a fashion designer que saltou da Glasgow School of Art para o Mundo. Ela assim o quis e ela assim o teve. Com três merecidas apresentações premiadas na Fashion East, Louise conseguiu construir uma marca que se mostra tão complexa como feliz. Não é mais uma trendy new vintage, é sim uma designer que combina materiais muito distintos, desde o plastico ao veludo, retirando destes alguns dos mais espectaculares efeitos de volumetria e corte.

É verdade que tem inspirações tradicionais de menina bordadeira, que fazem saltar à vista de todos os toques folk, plenos em inocência, e efeitos trompe l’eoile, caracterizados por cores densas a apontar para o fresh design, que acrescenta muitos apontamentos gráficos e trabalho claramente manual, aos seus modelos de menina dos anos 70-80.

Fez capa na Dazzed, fez capa na Vogue, e se lhe perguntarmos o que a tem inspirado nas vestes e costuras ela diz L-O-N-D-R-E-S. Di-lo com excitação, a mesma que caracteriza a cidade que vive cheia de influências musicais e correntes underground que trazem cor às ruas, mesmo quando tal não condiz com os tons do céu da metrópole Então lá vai ela: pega nas suas propostas e, assim à primeira, chama a sua colecção Primavera/Verão 2010 de funny-artwear-crazy-confort-joy.

É só um nome arraçado de tendências ali impressas, alegres sim. Muito. Trazem ao feminino um sentido de “desarrumo” que nos fica bem… Porque, acima de tudo, mostra uma atitude relaxadamente criativa e original – uff, se assim se poder chamar, sem lhe por mais adjectivos em cima. Saias, macacões, corpetes, calças, em modo corta e cola, como se fossem peças compostas mas passiveis de trocar num corpo de boneca. É um estilo estranho, mas familiar e, acima de tudo, feliz.

É que tudo isto me parece uma reciclagem bem-sucedida, não só pelo estilo e apresentação, como pela utilização de materiais e combinação de peças que trazem a lume uma menina rebelde e atrevida só por ser, como se incorporasse um statement que não é revolucionário, mas é deliciosamente despudorado. Há aqui muito trabalho bem-sucedido, uma conversão de padrões que marcaram épocas e que Gray toma para si, como peças de um puzzle.

Foi por esta sua característica que fez chamar as a atenção da‘The Smiley Company’. Esta empresa detém uma das mais reconhecidas marcas do mundo, a Smiley, para a qual a designer teve o prazer de ser convidada a colaborar recentemente, com uma composição limitada e exclusiva de 5 peças que incluem t-shirt, saia, bustier, casaco e um vestido… Tudo muito bem finalizado com mistura de sedas, cristais Swarovski, ganga, entre outros elementos.

Todas estas peças com devido logo da Smiley, um sorriso que a designer já imprimia nas suas criações, mas agora sob uma forma autenticada. A colecção teve um preview na London Fashion Week de Setembro e em Novembro foi posta à solta, ready to wear… E “a espalhar magia”.



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