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Ostwald Helgason

Uma marca inovadora e com sólida linguagem própria, não está permanentemente em nenhuma semana de moda, mas merece uma incursão da parte da RDB. Descobre porquê.

Ostwald Helgason é a marca que, depois de ter chamado atenção na semana de moda de Paris e de Berlim (onde esteve apenas como convidada em 2008) se estabelece em Londres para inovar, sobretudo no domínio dos prints feitos com técnicas que fazem as roupas parecerem telas de imagens 3D.

Falámos com Ingvar Helgason, 29 anos, islandês, metade do casal de designers que está por trás destas peças e percebemos que tudo começou com um bom gosto da sua mãe pelo modo de vestir: ‘a minha mãe sempre foi uma grande compositora de toilettes misturando padrões com acessórios, lembro-me de um casaco Issey Miyake que trouxe do Japão no final dos anos 80. Foi assim que fui introduzido ao mundo da moda.’

Esta designer label já foi escolha sartorial de Daphne Guiness (clothes horse londrina, ícone da moda para fashionistas), Rhianna a cantora que também é grande vítima da moda, e de stylists de Kate Hudson, tendo já feito capa da revista Elle.

O que atrai e torna incontornável o apelo da marca é o que Ingvar considera ser a sua missão no planeta moda: ‘experimentar ao máximo as intermináveis possibilidades dos padrões e dos estampados’.

Os resultados vão estando à vista, com riscas misturadas com flores, prints psicadélicos, tudo feito com as últimas tecnologias, às vezes parecendo levar aos estampados tie-and-dye versão séc. XXI, outras vezes parecendo apenas suaves aguarelas.

A verdadeira mestre dos padrões é Susanne Ostwald, 30 anos, alemã. Ingvar gosta mais da parte ligada ao corte e à silhueta e adianta para o Inverno 2011 ‘uma mistura de sportswear com corte tradicional, tecidos transparentes e também, desta vez, lisos.’ Ainda mais para a frente poderemos contar com algo novo no menu: pele (leather).

O estúdio, no Sul de Londres, tem um ambiente de stress. Para descontrair Helgason gosta de ouvir Kanye West (em casa Leonard Cohen e Tom Waits), e estar a par de todas as novidades do mundo da ciência: ‘ler acerca dos desenvolvimentos do mundo cíentifico fascina-me muito  serve como uma espécie de antítodo para a exposição à moda de 24 sobre 24 horas. Além disso também gosto de cinema, sair e comer a comida espantosa de alguns dos melhores restaurante de Londres…’

No que diz respeito ao negócio corre tudo bem, mais do que ter visibiliade editorial é importante que haja estabilidade a nível financeiro e as roupas que foram vistas nas celebridades foram mesmo… compradas. Um vestido da Ostwald Helgason, pode custar cerca de 700 libras, o que a torna já uma ambição aquisitiva para muitos consumidores, que conhecem a roupa nos pontos de venda que têm em Nova Iorque, no Oriente e em várias capitais europeias.

Tudo isto sem dispararem em nenhuma semana de moda neste momento. Um trabalho único, de verdadeira designer label, vendido apenas com um look-book, show-rooms e já está!



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