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O Grupo do Leão

De Rui Zink e António Jorge Gonçalves.

“O Grupo do Leão” consitia numa tertúlia de artistas e aficcionados do Naturalismo que tiveram uma grande importância no desenvolvimento e divulgação deste movimento artístico em Portugal. Os encontros ocorreram na Cervejaria Leão d’Ouro durante a década de 80 e contavam com membros tão ilustres como Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro, Silva Porto, António Ramalho e muitos outros.

No ano de 1985 o pintor Columbano Bordalo Pinheiro imortalizou este grupo naquela que viria a ser a única representação deste colectivo de artistas. O quadro pode ser actualmente visitado na colecção do Museu do Chiado de Lisboa.

Ora foi precisamente a partir de um convite do Museu do Chiado que surgiu este livro da autoria de Rui Zink e António Jorge Gonçalves, uma parceria já bem conhecida no mundo da BD/ilustração (“VIH”, “Rei” e “Arte Suprema”).

Sem dúvida uma proposta muito interessante, esta de relembrar um dos movimentos artísticos mais prestigiosos do nosso país.

Os autores a quem o desafio foi lançado, seguiram um caminho pouco convencional para prestar homenagem a este “Grupo do Leão”. O resultado é um trabalho não só aliciante como original e inventivo.

A narrativa começa com a chegada do Inspector Columbano (que não é da famíla do pintor) ao Museu do Chiado. Aparentemente desapareceram três dos pintores do famoso quadro “O Grupo do Leão”. Nunca se tinha ouvido crime mais bizarro, pois o quadro permanecia intacto no museu, os três pintores, Silva Porto, José Malhoa e Moura Girão é que literalmente desapareceram da tela. Provavelmente o caso mais misterioso com que que o Inspector Columbano se deparou.

A partir daqui seguimos uma viagem pelo museu sempre acompanhados pelo inspector que se vai informando (a ele e a nós) sobre o famoso “Grupo do Leão”. Quem eram os seus membros e qual a sua relevância?

Passeando entre esculturas e atravessando vários quadros dessa época esta é uma viagem que não será rápidamente esquecida. Aqui é preciso salientar a excelente construção e desconstrução de obras por parte de António Jorge Gonçalves bem como a qualidade dos diálogos de Zink sempre pautados por uma elevada dose de bom humor.



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