Não tem que me contar seja que for

28 fotografias de Jorge Molder para ver na Cinemateca Portuguesa até 30 de Dezembro.

A propósito de um convite feito pela Cinemateca Portuguesa ao fotógrafo Jorge Molder, surge agora a exposição “Não Tem que Me Contar Seja o que For”. A mostra consiste em 28 fotografias de grande formato e propõe um olhar sobre filmes, em que se incluem Sunset Boulevard, Belarmino ou The Birds e reclama, como o título que Molder lhe deu. Pode ser vista de segunda-feira a sábado, entre as 12h30 e as 22 horas.

Nascido em Lisboa, em 1947, Jorge Molder é licenciado em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa e Director do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão (CAMJAP) desde 1994. Em 1990 ingressou na Fundação Calouste Gulbenkian como assessor, tendo sido depois director-adjunto do CAMJAP.

O seu trabalho como fotógrafo traduz-se num relevante percurso nacional e internacional sendo, em 1994, artista convidado da Bienal de São Paulo e representante de Portugal na Bienal de Veneza de 1999.

Várias das séries de fotografias feitas pelo artista retratam-no a si mesmo (sempre de paletó, olhar em fuga freqüente do contato com a câmara, corpo envolto em ambientes fechados e escuros). Muitas vezes, só o seu rosto é enquadrado nas fotografias, deixando todo o resto na sombra que apaga marcas precisas de tempo e de espaço. Em outras ocasiões, o corpo inteiro é visto em momentos e lugares incertos, ocupado em executar ações das quais também pouco ou nada se pode saber apenas inspecionando as imagens criadas.

O seu percurso profissional levou-o, entre 1976 e 1990 ao Ministério da Justiça, onde exerceu vários cargos, nomeadamente director do Serviço de Educação da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e director da Escola de Formação de Pessoal.

É Cavaleiro da ordem do Infante D.Henrique e Chevalier des Arts et Lettres.

O seu trabalho mais recente pode ser visto na Cinemateca Portuguesa até 30 de Dezembro de segunda-feira a sábado, entre as 12h30 e as 22 horas.