Ray Ban Rare Prints
“You got that hair slicked back and those Wayfarers on, baby"
Até há bem pouco tempo tinha a impressão de que andavam por aí uns óculos que de raro pouco tinham. Aliás, poucas são as coisas que podem ser consideradas tão icónicas e mundialmente conhecidas como o modelo Wayfarer da marca americana Ray Ban, criada em 1937.
Desenhados por Raymond Stegeman em 1952, os Wayfarer são hoje mundialmente conhecidos e considerados até peças de arte. Devido à armação com molde de plástico vieram revolucionar o design dos óculos de sol por oposição às armações finas e metálicas de outros modelos que os precederam.
Nos anos 50 e 60 conheceram o seu expoente máximo ao conseguirem penetrar nos meandros de Hollywood e assim ganhar visibilidade. Sem eles a Audrey Hepburn perderia toda a piada e Jack Nicholson não seria, certamente, o mesmo. Naquela altura, toda a gente que era gente usava uns.
Contudo, nas décadas seguintes, como acontece com todas as modas, caíram em esquecimento e quando se acreditava que os Wayfarer eram coisa do passado, eles renasceram. Nos anos 80, enquanto Tom Cruise dançava pela sala de camisa, meias, boxers e exibia os seus Wayfarer no clássico “Riscky Business” (1983), o fenómeno instalava-se. Nesse ano venderam-se mais de 360,000 pares.
Já em 2006 foi re-introduzido no mercado o modelo e design original e vintage (este estava por entre os itens mais procurados no Ebay) e são hoje os óculos que todos temos e que celebridades como Kate Moss, Chloe Sevigny, Anna Wintour e, basicamente, qualquer estrela rock, usa.
Mas as coisas quando são largamente difundidas por trendsetters e não só (sem tirar créditos a campanhas publicitárias da marca como a conhecida “Never Hide”) acabam por cair na banalidade e chegamos inevitavelmente a uma altura em que só pensamos “porra, já não os posso ver à frente”. Hoje, estranhamente, ter uns Wayfarer parece ser uma coisa normal. Toda a gente usa uns, e não há mal nenhum nisso.
Contudo, há quem não ache grande piada a ver os seus óculos preferidos serem usados por meio mundo e quem goste de manter os seus originais e únicos.
Para essas pessoas há solução. É que a Ray Ban decidiu lançar este ano uma edição especial e limitada à qual chamou “Rare prints”, ou “Padrões raros”, usando como tela não só o icónico modelo Wayfarer, mas também o Clubmaster. Porque, como se lê no site da marca “primeiro veio a cor”, a Ray Ban apostou, agora, no padrão.
Um dos padrões disponíveis é o “Subway”. Estes têm impresso no interior o mapa de metro de Nova York. Mas a escolha, apesar de não ser vasta, é possível. Para os mais esquisitos há ainda os padrões “Flower”, o “Ray Ban Mania” e o “Stripes”. A variedade, essa, está na combinação de cores exteriores e de padrões no interior dos óculos, o que os torna ainda mais especiais.
Os padrões “Subway”, “Fowers” e “Ray Ban Mania” vêm apenas impressos no modelo Wayfarer, enquanto o padrão “Strips” podemos encontra-lo nos Clubmasters.
Para além do “Rare Prints”, a Ray Ban juntou-se também aos artistas Matt W. More, Aesthetic Apparatus, Ames Bros e Valha Studios para criar uma série, também ela, limitada de posters inspirados nos ditos padrões dos óculos de sol.
Felizmente os nossos queridos Wayfarer vão se re-inventando ao longo dos tempos. Este ano ganham novo fôlego com o “Rare Prints”, (re)conquistando os seus fãs mais exigentes. Boas notícias, Bob Dylan.
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