Matthew Dear
Minimalismo e Pop conjugadas na perfeição. Dia 21 de Julho no Lux.
Poderíamos referir um sem número de estilos musicais que este artista, oriundo do Texas, apresenta nos seus sets/discos – minimal house, acid techno, electronic pop – e não conseguiríamos descrever o que Dear está a tocar, aquilo que verdadeiramente distingue este artista do outros e a sua capacidade de misturar como poucos as correntes minimais, mais especificamente um subgénero apelidado de microhouse de Detroit, a uma voz pop que por vezes faz lembrar David Bowie. Dia 21 de Julho actua no Lux, pronto a surpreender.
O percurso de Matthew foi, inicialmente, largamente inspirado pela techno de Detroit. Desde cedo artistas como Ricardo Villalobos, Thomas Brikman ou Mike Inc. rodavam no seu quarto.
Enquanto adolescente, Dear mudou-se para Michigan onde conheceu Sam Valenty. Os dois criaram a Ghostly International, cujo propósito era a partilha de música de amor electrónica. O primeiro sucesso deste Texano foi o EP “Hands up to Detroit”. O primeiro longa-duração apareceu em 2003, com o nome “Leave Luck to Heaven” (tradução de Nintendo), um álbum bastante funky que começou a despertar o interesse dos mais atentos pela fusão entre a pop e o minimalismo presente no albúm.
Em 2004 Matthew Dear volta a carga com novo albúm, “Blackstrobe” (não confundir com o projecto de Ivan Smaghhe), lançado pela Spectral Sound, um registo mais “berlinense”, menos funky que o anterior, mas sem perder as vozes pop como em «Leave Luck to Heaven».
Para além do nome Matthew Dear, este texano utiliza outros alter-egos, como False, Jabberjaw e aquele a que Dear se tem dedicado mais, Audion (no passado mês teve uma actuação memorável no Sonar). Este último projecto já revela o gosto de Matthew pelo techno minimal de Berlim, sendo a sua vertente mais dura enquanto artista. No presente ano, como Audion, lançou dois longa-duração pela Spectral Sound – um deles o aclamado “Suckfish”, de onde se destaca um hino à musica minimal, «Titty Fuck».
Os próximos planos de Dear estão relacionados com o lançamento de um albúm como Audion com a participação dos “meninos” B Pitch Control Ellen Allien e um longa-duração com o seu próprio nome. Apesar de o próprio afirmar que o que lhe dá mais prazer é um final de tarde a pescar, os tempos não se avizinham calmos para este artista.
A não perder no dia 21 de Julho no Lux também com a presença de Troy Pierce, o homem da techno minimal de Indiana.